Postagens

Mostrando postagens de 2016

Fechando a Gestalt

Semana que vem encerro um ciclo na minha vida. Vou para a cidade capixaba que morei até um ano atrás resolver algo que não se resolveu. Vai ser uma viagem dolorosa e prazerosa ao mesmo tempo. Vou para buscar justiça e rever amigos queridos. Se eu for contar tudo o que pensei nesses quase doze meses. No que senti. Cada osso que doeu, cada lágrima caída, isso ficaria dramático. Não foi drama. Foi uma porta que se fechou. Ainda não me foi aberta outra. Ainda estou desempregada. Mas a vida andou.Houve terapia. Amizades. Café de Graça. E o amor, que há muito não aparecia, bateu à minha porta de uma forma linda e veio para ficar. Eu poderia deixar. Eu poderia fechar a porta simplesmente e esquecer. Mas quero pessoalmente fechar essa Gestalt. Não é a mágoa que me leva. É a vontade de seguir a vida feliz com o passado resolvido. Em paz.

Desculpa o transtorno, preciso falar...

Imagem
Conheci ele pela internet. Meu celular não comporta Tinder então fiz um Badoo. Pois é. Um aplicativo de pegação... Eu cheguei a conhecer algumas pessoas mais nada foi pra frente. Até que numa noite chuvosa de agosto recebi uma mensagem me pedindo um sorriso. Achei bonitinha aquela forma de abordagem e mandei uma foto minha sorrindo. Pediu me telefone e conversamos pelo WhatsApp. O resto da noite. Me senti acompanhada. A partir dali foram acompanhados de bom dias, boas tardes e boas noites, como foi seu dia e por aí vai. Ele queria me encontrar de qualquer jeito e eu tava muito desconfiada. Um dia falei para nos encontrarmos. Tava muito nervosa. Até que o encontrei. Aliviou meu coração na hora. Era um olhar doce que me olhava. Um sorriso doce. E eu, uma mulher bruta, cheia de amarras me desmanchei. Me derreti. E tudo se confirmou com o primeiro beijo. E com ele tenho aprendido da simplicidade da vida. A gostar de certas coisas. A ser menos egoísta. Ser Nós ao invés de Eu apenas.

Imperativo!

Invada minha vida Muda meus planos Bagunça meus cabelos Me tira o fôlego Me faça perder a cabeça Me faça sonhar Me dá sua mão Vela meu sono Me guarda em teu abraço Me afogue em seu beijo Me desvenda com tuas mãos Me enlaça em teus braços Me faça sorrir Me faça feliz Compartilha tua existência comigo.

Não entendi.

Imagem
Eu não entendi nada moço... Não entendi. Eu tava quieta no meu canto, sabe. Dando minhas aulas, alimentando meu gato. Fazendo fitagem no cabelo e minhas revisões. Roendo unhas, dormindo depois do serviço. Assistindo Netflix, comendo biscoito . De repente me vi inquieta. Sem sono. Com vontade de chorar. Com vontade de te abraçar forte. Te beijar. Acariciar os seus olhos. É. Essas coisas. Nada de ardor. De tesão. Não, nada dessas coisas. Eu não sei o que aconteceu moço. A gente se conhece há tanto tempo. Você não quer ficar. Não quer meu abraço. Nem meu carinho. Nem meu beijo. Eu já passei tanta coisa, mais essa pra coleção Dores de amores, nunca mataram ninguém.

Minhas impressões sobre Stranger Things

Imagem
Olá leitor, hoje estou fazendo minha primeira resenha. Vou escrever sobre uma série que me deixou encantada: Stranger Things. Essa série é uma mistura perfeita dos filmes e séries oitentinhas e setentinhas de Spielberg ( Tubarão, E.T., Goonies), Hughes ( Clube dos 5, Garota Rosa Choque), Stephen King ( Conta Comigo, Carrie a estranha, O iluminado) Zemeckis ( De volta para o futuro) e Lynch (Coração Selvagem, Twin Peaks). Um menino desaparece de forma misteriosa e seus amigos tentam solucionar o que acontece! Temos aí Stranger Things! A série se passa no início dos anos 80, precisamente em 1983, ano que debutei neste mundo. Os elementos são muito típicos dos filmes dessa época: um grupo de amigos que decidem investigar em paralelo aos adultos. A música eletrônica,jogos de rpg e todas as referências nerds também estão lá. De um lado temos crianças, do outro adultos e no meio disso adolescentes vivendo os dramas dos filmes de Hughes ( A garota rosa choque, por exemplo), como a garot

10 músicas sobre algumas histórias que vivi.

Imagem
1) Tiê - A noite Essa me lembra um relacionamento que tive que foi muito mal resolvido e que a alternativa que tive foi me afastar. 2) Phill Veras - Basta a coragem Essa foi tema de um flashback que tive com uma pessoa antes de uma conversa definitiva sobre nós.  3) Pedro Salomão - Leoa O que desejo para uma próxima relação. A fofura de quem faz um café pra despertar sua leoinha,,, 4) Caetano Veloso - Queixa Traz à lembrança alguém que como uma serpente me envenenou e eu me apaixonei completamente! 5) Los Hermanos - Sentimental Traz à lembrança o início do meu primeiro e único namoro, que eu estava completamente apaixonada e achava que íamos casar. 6) Marcelo Jeneci - Por que nós? Quando vi que eu e meu ex não tínhamos mais sentido juntos. 7) Nação Zumbi - Um sonho Sobre uma noite de sonho vivida em Alegre. 8) K-Sis - Beijo,Blues e Poesia 2006, eu,sexto período de Filosofia e ele, terceiro período de Química. Eu fui a pista... 9) Maná

Não, isso não é meu: quando assumimos o peso do que não é nosso.

Caro leitor, Gostaria de escrever este texto como forma de desabafar algumas coisas. Como eu faço na maioria dos meus textos. Confessionais. Eu tenho sentido o peso de 500 toneladas sobre as minhas costas. Não é dor na consciência. Nem culpa. É simplesmente sentir que estou carregando um peso que não é meu.  Eu tenho pensado muito sobre como tenho levado a minha vida. Esse ano havia um plano, uma meta, um objetivo que foi quebrado com um e-mail e jogava todos os meus planos. Já escrevi isso em vários textos. Tive que reaprender a conviver com a minha família. E não tem sido fácil. Eu tive que reaprender tanta coisa. Eu tive que assumir responsabilidades que não dou conta. Ficando em uma situação financeiramente difícil, porque não consigo pagar minha contas porque tenho que assumir despesas. E o peso não é esse. O peso é: estou trabalhando pra pagar contas. Estou vivendo pra trabalhar. Estou vivendo pra pagar contas. Sinceramente pensava muito mais que isso depois de tantos anos d

10 coisas para contar sobre minha história de (quase) aceitação

Imagem
Olá! Hoje vou falar de um assunto delicado mas que preciso escrever: aceitação. Bom, eu tenho um problema sério com aceitação. Isso porque tenho sérias dificuldades de emagrecer, meu cabelo é crespo, eu tive dentes salientes antes de usar aparelho e não consigo manter uma rotina de exercício por muito tempo. Bom, eu andei aprendendo muita coisa e vi que por muito tempo eu estive, digamos, errada. Aprendi que essas coisas são mentiras com a maior experiência de auto conhecimento que tive, que POR ENQUANTO está suspensa desde que a fofa (só que não) da minha ex-patroa decidiu me demitir via gmail, que é MORAR SOZINHA. Vou tentar resumi-las em 10 pontos: Vamos lá? 1) Cabelo crespo tem que ter o volume controladinho. 2) Ser gordo é ser doente. Ouvi isso a vida inteira, mesmo quando via amigos magérrimos se entupindo de frituras e doces e eu não. 3) Ser gordo é ser feio. 4) Você só vai ser feliz quando for magra. 5) Você tem que usar maiô, biquíni nem pensar. 6) Você, como mulher,

Sim, eu tenho depressão.

Hoje decidi falar de algo delicado que faz parte da minha vida: Sim, eu tenho depressão! O que é depressão?Depressão é uma falha na produção de serotonina no cérebro. Perde-se o prazer de se fazer qualquer coisa. Pessimismo, desespero, culpa... Fui realmente diagnosticada em dezembro de 2005, mas em março de 1999 já havia tido uma crise desencadeada pela morte do meu pai e do meu avô num período de um mês e meio. Minha última crise da qual estou saindo começou em janeiro de 2016 com a demissão ridícula via e-mail do meu último emprego e durou até o início de abril deste ano. Confesso que eu tinha preconceito da minha condição. Como assim? Vou ter que fazer terapia? Tomar remédio controlado? Ir ao psiquiatra? Eu aos poucos fui me acostumando. Os efeitos colaterais foram aparecendo e fui me adaptando. Mas falo para você, caro leitor, que há dias bem difíceis...são os dias de crise Você se sente um peso na vida das pessoas. Você se sente um chato. O choro não cessa. Coisa simples

Síndrome da coxinha do Greens

Imagem
    Greens é uma consagrada lanchonete de São João del Rei. Desde 1983, localizada no centro histórico da cidade, até 2014 funcionava num trailer bem em frente o teatro municipal da cidade. Com o fim dos trailers na cidade, se instalou numa loja em frente os correios. Mas manteve suas principais características: funcionar 24 horas por dia, 365/366 dias por ano, o suco de laranja doceeee e a melhor coxinha que você vai comer na vida. Como funciona 24 horas por dia, todos os dias, virou o alvo principal dos pós festas. Se você passar lá em frente de madrugada, vai ver um pessoal meio ou totalmente bêbado, meio que passando mal pedindo uma coxinha pra  melhorar da bebedeira. Ou da larica. Mas na verdade é algo pra passar o tempo, pra melhorar até chegar em casa. A coxinha é linda. Sequinha. Apetitosa. Gostosa. Mas quem tá comendo nem tá prestando atenção. Tá ali comendo pra sair do mal estar ou da larica. Fazendo uma análise com a vida da gente, às vezes no comportamos como ess

A tristeza e eu.

Tristeza 2016 chegou e com ele você veio aterrorizante Fim de ciclos, saudade, injustiça, retornos indesejados Você se instalou cruelmente em meu coração e mente Tive que forçadamente aprender a conviver com você Tudo se verteu em lágrima soluços suspiros Dormiu comigo, acordou comigo Aos poucos me acostumei com sua presença Aos poucos você me deu espaço pra respirar Aos poucos você me deixou sorrir Enxergar novas possibilidades Aos poucos, numa mudança lenta e sutil você está indo embora A saudade está aqui, a falta está aqui, e ficarão Mas tristeza,você não precisa ficar.

Saudades de mim

Pareço um disco arranhado falando sempre da minha saída de Alegre. Mas continuarei falando enquanto isso não se resolver dentro de mim. A escrita de hoje é extremamente confessional.Fala de saudade. Muita saudade. Não a saudade enorme e dolorosa que sinto dos meus amigos, alunos e trabalho que é uma ferida aberta que ainda sangra muito. Falo hoje de uma saudade peculiar: a saudade de mim e da minha vida. Não que não tenha vivido aqui em São João del Rei. Tenho. Mas uma outra vida que não é a minha. Uma vida que não se parece comigo. Não gosto do que tenho sido e não quero me adaptar com essa vida que tenho tido. Vivo de saudades e de lembranças do que eu era. Morava com o meu gato, num cubículo de 3 cômodos e não tinha ideia do quanto eu era feliz. Nem sempre comia do jeito certo. Dormia muito tarde, acordava tarde. As cinco da tarde, tomava meu banho e descia pra trabalhar. E sempre tinha um frio na barriga ao subir as escadas para o terceiro andar do velho prédio amarelo. Chegava,

3.

Pois é. Estou de volta à São João del Rei. Numa dessas coisas que não explicam pra gente, apenas aceitamos a imposição, eu fui mandada embora do meu emprego no sul do ES, mesmo fazendo um bom trabalho. Depois de uns 20 dias choramingando, decidi tornar minha dor em escrita. Nesse primeiro texto, vou imitar o personagem principal da minha série preferida, How I meet your mother e vou contar como conheci 3 pessoas essenciais no meu caminho em Alegre: Francisco Elias Merçon, Laís Sudré e Prisciliana Ventura, ou simplesmente Kiko, Lalá e Pipa. O primeiro que eu conheci foi o Francisco. Figura séria e até um pouco fechada. Mais velho que eu, alto, magro,estudou Letras. Quando o vi pela primeira vez fiquei com um pouco de receio dele. "Tenho que respeitar" pensei eu...ele estava esperando uma reunião em frente ao salão social da Fafia. Aí o cumprimentei e ele perguntou se eu era a nova professora. Ali vi que tinha conquistado um primeiro amigo em Alegre. Depois de um tempo, fomos

Recomeçar

Imagem
Recomeçar... Que verbo difícil de se colocar em prática. Até chegar à conclusão de que esse verbo precisa ser conjugado, muita coisa acontece. Primeiro, para recomeçar, algo acaba. Seja um relacionamento. Um emprego. Alguém que vai embora.  Ai vem alguns estágios. Primeiro ficamos atônitos. Em choque. Sem reação. Depois sentimos dor. Muita dor. Insuportável.  Depois pedimos apoio. Ouvimos que vai passar. Que fará sentido em algum momento. Que aquelas pontadas no corpo farão sentido. Acreditamos? Claro que não. Desejamos a morte como um momento de se livrar daquilo. Aos poucos a ficha vai caindo. A conclusão que não há volta. Não tem como refazer. Por um tempo ficamos sem história. Numa mistura de dor e vazio. Estávamos acostumados a cheiros, sensações, risadas, ações. Mas acabou. Mas eu ainda estou vivo. O que eu faço? Meu coração ainda bate. Minhas contas continuam chegando. O que fazer? A resposta? Reaprender. Superar. Aos poucos enxergar soluções. Voltar à tona das angúst