Da alegria da notícia da gravidez à dor do aborto retido
Eu sempre acho que as dores estão cicatrizando quando elas conseguimos falar e escrever sobre elas. Acho que é o caso. No dia 18 de março eu descobri que estava grávida. Já eram 15 dias de atraso, não estava fazendo sentido. E fiquei feliz. Estava grávida do homem mais maravilhoso que já passou pela minha vida e que espero que permaneça pra sempre. Uma semana depois fiz o exame de sangue que confirmou minha gravidez. No dia seguinte fiz a primeira consulta do pré-natal. Estava feliz e com muitas dúvidas também. Os nomes foram escolhidos. Os padrinhos. Até chegar o temido dia 3 de abril. Um sangramento doloroso. Plantão da Santa Casa. Exame de toque. Repouso absoluto. Choro. E eu ainda não tinha feito nenhuma ultrassom. Fomos pra casa. Helderson escondia sua dor pra me amparar. E mesmo em lágrimas, amparava a dor dele.Na manhã seguinte, Helderson se preparava pra trabalhar. Eu fui ao banheiro. Sangue, dor, vamos nós pra Santa Casa. Pediram ultrassom. Não achamos o meu médico. Climagem,