Casei.



Casei. Quem me conhece sabe que eu fazer uma declaração dessa era um absurdo. Jamais me vi casando, cuidando de comida, roupa e casa suja além da minha. Mas tem gente que vem pra mudar nossa vida e nossas concepções. Assim tem sido Helderson na minha vida. Não me apaixonei por ele loucamente. Construo diariamente um amor que tem se consolidado a cada dia. Vamos ver como cheguei a isso...
Morei com a minha mãe quase a vida toda. Em 2014 e 2015 tive uma experiência que veio como um estágio pro casamento: morar sozinha no Espírito Santo. Voltei pra São João em 2016 e voltei a morar com a minha mãe e trouxe um gato junto. Insuportável. Voltar pra casa da mãe não por ela, mas pela independência perdida. 
Mas fui me adaptando e estava focada em me refazer da demissão e conseguir morar sozinha de novo. A vida foi andando. Voltei pra igreja de origem. Passei a sair e quis entrar no Tinder. Aí o celular não comportava o Tinder. Sobrou o que? Badoo.  
Saí com algumas pessoas e deu muito errado. Nesse meio tempo acabei ficando de novo com um rolo antigo e foi bem desgastante. Daí desisti de Badoo e fiquei na minha. Um dia sem nada pra fazer entrei no Badoo de novo depois de algumas semanas. Aí um moço começou a conversar comigo. Era meu futuro marido, quem diria. 
Saímos, saímos de novo, começamos a namorar e um dia ele me perguntou se eu queria casar com ele. Sem pestanejar disso: caso. Daí por diante foram desafios e desafios: procurar por mobília de segunda mão na internet, ver o que podíamos levar da nossa casa de origem e principalmente sustentar nosso amor para isso. 
Ele pediu a minha mão para a minha mãe e isso me deu mais confiança. E no dia 9 de dezembro de 2016 oficializamos nossa união estável e fomos morar juntos em Santa Cruz de Minas. 
Os desafios são diários: rebolar para o dinheiro durar o mês todo, lidar com a falta de uma geladeira, aprender a lidar com interferência familiar, mesmo com a melhor das boas intenções,  lidar com a falta de tempo por conta de nossos trabalhos, manter a casa arrumada e limpa, uniformes lavados, dormir junto, ouvir as mesmas músicas.Não tenho o que reclamar do marido. Ele me ajuda, aliás, ele cuida do que é dele também. E assim estamos construindo uma família. Daqui um tempo um bebê. 
Claro que fomos apressados e com 4 meses juntos casamos. Ouvi de um familiar que pode dar errado porque "não nos conhecemos". Aí me questiono, quem conhece o outro completamente?
E seguindo a linha Los Hermanos, do nosso amor, a gente é quem sabe!


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