Da alegria da notícia da gravidez à dor do aborto retido
Eu sempre acho que as dores estão cicatrizando quando elas conseguimos falar e escrever sobre elas. Acho que é o caso.
No dia 18 de março eu descobri que estava grávida. Já eram 15 dias de atraso, não estava fazendo sentido. E fiquei feliz. Estava grávida do homem mais maravilhoso que já passou pela minha vida e que espero que permaneça pra sempre. Uma semana depois fiz o exame de sangue que confirmou minha gravidez. No dia seguinte fiz a primeira consulta do pré-natal. Estava feliz e com muitas dúvidas também. Os nomes foram escolhidos. Os padrinhos. Até chegar o temido dia 3 de abril. Um sangramento doloroso. Plantão da Santa Casa. Exame de toque. Repouso absoluto. Choro. E eu ainda não tinha feito nenhuma ultrassom. Fomos pra casa. Helderson escondia sua dor pra me amparar. E mesmo em lágrimas, amparava a dor dele.Na manhã seguinte, Helderson se preparava pra trabalhar. Eu fui ao banheiro. Sangue, dor, vamos nós pra Santa Casa. Pediram ultrassom. Não achamos o meu médico. Climagem, convênio! Opa, vamos à primeira ultrassom. Um saco gestacional vazio. Meu Deus. Voltamos pra Santa Casa. Espera pela plantonista. "Sua gravidez pode caminhar para um aborto". Fim de tarde. Procuramos o meu médico. A notícia é confirmada mas ele pede pra voltar uma semana depois pra ver se aparece alguma coisa. Dia 12 de abril: notícia confirmada, nada cresceu. Parou de desenvolver com 5 semanas.
O pior, esperar a natureza expulsar, o que pode demorar até 30 dias. Dores e mal estar farão parte de minha vida até lá.
Por que escrever? Por que expor? Por que você está bem?
Não se pode ir contra a natureza. Nem a vontade de Deus. Eu posso gerar outra vida. E que vou amar tanto quanto amei esse anjinho de 8 semanas. Tenho amor da família, amigos e de um anjo chamado Helderson.
Vida que segue.
No dia 18 de março eu descobri que estava grávida. Já eram 15 dias de atraso, não estava fazendo sentido. E fiquei feliz. Estava grávida do homem mais maravilhoso que já passou pela minha vida e que espero que permaneça pra sempre. Uma semana depois fiz o exame de sangue que confirmou minha gravidez. No dia seguinte fiz a primeira consulta do pré-natal. Estava feliz e com muitas dúvidas também. Os nomes foram escolhidos. Os padrinhos. Até chegar o temido dia 3 de abril. Um sangramento doloroso. Plantão da Santa Casa. Exame de toque. Repouso absoluto. Choro. E eu ainda não tinha feito nenhuma ultrassom. Fomos pra casa. Helderson escondia sua dor pra me amparar. E mesmo em lágrimas, amparava a dor dele.Na manhã seguinte, Helderson se preparava pra trabalhar. Eu fui ao banheiro. Sangue, dor, vamos nós pra Santa Casa. Pediram ultrassom. Não achamos o meu médico. Climagem, convênio! Opa, vamos à primeira ultrassom. Um saco gestacional vazio. Meu Deus. Voltamos pra Santa Casa. Espera pela plantonista. "Sua gravidez pode caminhar para um aborto". Fim de tarde. Procuramos o meu médico. A notícia é confirmada mas ele pede pra voltar uma semana depois pra ver se aparece alguma coisa. Dia 12 de abril: notícia confirmada, nada cresceu. Parou de desenvolver com 5 semanas.
O pior, esperar a natureza expulsar, o que pode demorar até 30 dias. Dores e mal estar farão parte de minha vida até lá.
Por que escrever? Por que expor? Por que você está bem?
Não se pode ir contra a natureza. Nem a vontade de Deus. Eu posso gerar outra vida. E que vou amar tanto quanto amei esse anjinho de 8 semanas. Tenho amor da família, amigos e de um anjo chamado Helderson.
Vida que segue.
Profundo! Eu como mulher e com a maior vontade do mundo de ser mãe, me sensibilizo com a sua dor. Que Deus conforte o coração de voces. E que você possa ser mãe, novamente! <3
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