Não, isso não é meu: quando assumimos o peso do que não é nosso.

Caro leitor,

Gostaria de escrever este texto como forma de desabafar algumas coisas. Como eu faço na maioria dos meus textos. Confessionais.
Eu tenho sentido o peso de 500 toneladas sobre as minhas costas. Não é dor na consciência. Nem culpa. É simplesmente sentir que estou carregando um peso que não é meu. 
Eu tenho pensado muito sobre como tenho levado a minha vida. Esse ano havia um plano, uma meta, um objetivo que foi quebrado com um e-mail e jogava todos os meus planos. Já escrevi isso em vários textos. Tive que reaprender a conviver com a minha família. E não tem sido fácil. Eu tive que reaprender tanta coisa. Eu tive que assumir responsabilidades que não dou conta. Ficando em uma situação financeiramente difícil, porque não consigo pagar minha contas porque tenho que assumir despesas.
E o peso não é esse. O peso é: estou trabalhando pra pagar contas. Estou vivendo pra trabalhar. Estou vivendo pra pagar contas. Sinceramente pensava muito mais que isso depois de tantos anos de lutas, estudos, desaforos. Sabe, caro leitor, falo para você: não nascemos pra pagar contas e esperar a morte. É maior. Muito maior a vida. Infelizmente não serão todos que reconhecerão seus esforços. Infelizmente muito vezes irão te julgar, te entristecer, diminuir seus esforços.Não queria ser chorona nem dramática nesse texto. É um desabafo. 
A grande questão é: até quanto aguentamos carregar algo que não é nosso? Temos que carregar algo que não é nosso? Não, não temos. A verdadeira liberdade está nisso. É nossa obrigação lutar contra o peso que os outros colocam sobre nossos ombros. E nem carregar mais do que se pode aguentar.



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