Bá, bora guria!






Imagine-se como uma aluna do curso de Pedagogia da federal de Santa Maria na madrugada do dia 27. Eu me imaginei.

"Tinha sido uma semana cansativa. Trabalhando o dia todo e indo pra faculdade a noite. Precisava distrair. Uma festa! Mas tava dura, fim de mês né? Mas quem tem amigos tem tudo. A festa tinha um nome esquisito: Agromerados. Toda hora que eu entrava no face o banner da festa tava sendo compartilhado. Me marcaram. Ah vá!
 Duas amigas me convenceram a ir. Lembro da voz de uma da gurias falando 'bá, bora guria!' Não gostava muito da banda, mas ah, vamos divertir né! Então chegou o sábado. Estudei, limpei minha parte da república, as outras gurias tinham ido pra um churrasco. Dormi. Meu celular tocou. Era mãe. 'Vai sair hoje?' Respondi que ia. Ela nunca se importou, mas dessa vez, ela ela disse  'fica em casa'. Falei que era bobagem...
Chegou a hora de ir. As gurias já estavam alegrinhas! Eita. Me refizeram a maquiagem e falaram, 'tira essa óculos guria'! Trocaram minha roupa. Ai, só faltava a foto de biquinho. Chegamos lá, uma fila gigantesca. Depois de 1h de espera, entramos. Som alto, já era mais meia noite. A festa rolou, cheia, lotada. A primeira banda tava no palco. Estávamos bem felizes, me deu uma vontade louca de abraçá-las e dizer que amava minhas amigas. A noite seguiu e a gurizada subiu no palco. Uma faísca no teto, ah deve ser nada né? Eu tava enxergando pouco. Calor infernal, gente gritando, me puxando, empurrando. Meus óculos, meu Deus, não vejo mais nada.  As gurias gritavam...não as vi mais, caí, e não vi, nem ouvi mais ninguém. Nunca mais..."

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